Hoje pela manhã, uma terrível discussão chocou os habitantes do Jardim das Flores, já traumatizados com os recentes casos de pulgões na região. Segundo testemunhas, os noivos, Cravo e Rosa, haviam marcado um encontro na floreira debaixo da sacada do 2º andar, ocupado por Dona Neusa Alecrim.
Ainda segundo os observadores, a peleja teve início porque o Cravo, morador da floreira da sacada do 1º andar, teria chegado atrasado, deixando Rosa, moradora do vasinho da janela da cozinha, esperando plantada. Segundo esta reportagem pôde apurar, o atraso teria sido causado por um funeral de última hora que obrigou o Cravo, que é funcionário da Funerária Flor do Paraíso, a trabalhar até mais tarde na noite anterior.
Depois de breve discussão, Rosa (que trabalha como modelo em eventos e casamentos) supostamente teria acertado um tapa no caule do noivo com um espinho. Isso fez com que ele caísse ferido e fosse levado às pressas ao pronto-socorro do Hospital Oliveira Ramos, na Rua Jasmim, Jardim Primavera. Segundo a assessoria de imprensa do Oliveira Ramos, o ramo chegou em estado estável com apenas duas pétalas quebradas e passa bem.
Após o suposto delito, a Rosa foi encaminhada ao 23º Departamento de Polícia Floral e, em seguida liberada por falta de provas, já que o réu decidiu não prestar queixa. Segundo o delegado que atendeu o caso, ela disse estar "muito arrependida" e se sentindo "despedaçada".
Em seguida, a Rosa pediu permissão para visitar o Cravo, que se encontrava na UTI. Durante a visita, a pulsação do vegetal teria se alterado causando um breve desmaio. A flor, em prantos, teve que deixar o local por orientação médica. O Cravo permanece em observação.


