Terminei! Depois de anos de muita pesquisa e dedicação, dias a fio e noites sem dormir, consegui terminar a mais estupenda criação do mundo tecnólogico. O mundo não será mais o mesmo depois de tão magnífica invenção!
É uma máquina de poesias.
Basta digitar um assunto para o poema e selecionar um tipo para que o computador saia agrupando palavras, levando em conta características como sinônimos, rima, métrica, etc. O seu banco de dados possui mais de vinte mil obras catalogadas dos grandes escritores mundiais para serem usadas como base para os textos.
Vamos ao primeiro teste. O teste que mostrará ao mundo o futuro da literatura. Eu tive um sonho. E nele eu via um mundo onde todos podiam escrever seus próprios livros: romances, ficção ou auto-ajuda, em prosa ou poesia. Até analfabetos eram famosos escritores de best-sellers.
> Digite um assunto: AMOR (ah... o amor: tema preferido dos grandes poetas da antiguidade. Agora ele será o primeiro alvo do "Super Poeta", ou talvez "VirtualWriter", ainda não sei).
- Soneto concluído com sucesso:
Amor é fogo que queima até arder
É dor que dói mais que dor de dente
É dor de barriga e diz: "tem gente!"
Quem mandou ter exagero ao comer
Me traz uma Aspirina, por favor
Pode ser outro remédio até Doril
Eu já tentei tomar e a dor sumiu
Mas voltou com mais poder e sem sabor
Amar ou Pepsamar é indigestão
Vou ter que ficar lendo o dia inteiro
Sem amor, enfurnado no banheiro
E no quarto, me reviro no colchão
Pensando se sabotaram o saleiro
Com amor que também é nome de tempero
